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Mostrando postagens de 2020

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O AMOR ENTRE AS MULHERES

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As mulheres gregas só se relacionavam com outras mulheres, logo não é estranho supor que muitas tenham encontrado afeto e prazer sexual com elas. Entretanto, nada se sabe a esse respeito. Só temos informações de uma época anterior, o século VII a.C. Safo viveu na ilha de Lesbos e dirigia uma escola onde mulheres aprendiam música, poesia e dança. Ela se apaixonou por algumas dessas mulheres e manifestou o seu amor em poemas sensuais. "Sua poesia exerceu enorme influência sobre literatura erótica subsequente. E sobre a vida também: a maior parte dos sintomas de que os amantes têm sofrido, durante mais de talvez tanto material de condicionamento cultural como material para a biologia." Safo escreveu cerca de 12 mil linhas, das quais somente 5% sobreviveram à queima de livros efetuada mais tarde pelos cristãos. Um poema que ele fez para uma de suas alunas, quando a moça ia deixá-la para se casar, mostra toda a sua dor de amor, com o ciúmes que a atormentava: Semelhante aos deuses

O Batalhão Sagrado de Tebas

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O amor por um jovem dotado de fascínio físico e intelectual aperfeiçoava o caráter tanto do amante como do amado. O Batalhão Sagrado de Tebas - quadro de tropas de choque - era composto inteiramente de casais homossexuais. Em Esparta, na ilha grega de Eubeia e em Tebas, cidade da Beócia, a efebia era associada ao sucesso na guerra. Em Esparta, todo recruta de bom caráter possuía um amante de idade madura. Conforme disse: Platão: "Um punhado de amantes armados, lutando ombro a ombro, pode conter todo exército. Isso porque seria intolerável para o amante seu amado vê-lo desertando das fileiras ou atirando longe suas armas. Ele preferia mil vezes morrer e ser tão humilhado... Em tais ocasiões, o pior dos covardes seria inspirado pelo deus do amor, a fim de provar-se igual a qualquer homem naturalmente bravo." Após 33 gloriosos anos, o Batalhão Sagrado de Tebas finalmente foi aniquilado na Batalha de Queoneia, Todos os seus trezentos membros foram mortos. 

AMOR ENTRE HOMENS

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O amor na Grécia era bem diverso do amor ocidental contemporâneo. Ele não era considerado, tanto como é agora, uma finalidade da vida, e sim um passatempo divertido, uma distração, ou, por vezes, uma aflição enviada pelos deuses. As suas expressões sinceras eram proferidas, não por jovens homens e mulheres que se desejassem reciprocamente, e sim por homossexuais cortejando criaturas de seu próprio sexo. "E um paradoxo o amor moderno haver começando com o amor grego, dever tanto a ele, muito embora as formas e os ideias do amor grego sejam considerados imorais na sociedade moderno. Por dois séculos, entre VI a.C. e o início de IV a.C., floresce aos quatorze e seu encanto aumenta aos quinze. Dezesseis é a idade divina." A homossexualidade entre adultos ou homens abaixo da puberdade raramente é testemunha na Grécia antiga.   Não é de admirar que os gregos considerassem o homem mais próximo da perfeição. Ele podia ser objeto de um amor ideal - particularmente o homem de cultura

O DILEMA DO HOMEM GREGO

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Não era comum que os homens experimentassem a profunda satisfação que Péricles encontrou na companhia  de Aspásia. Por mais apaixonados que estivessem por uma hetaira, eram tomados de  uma estranha emoção. O relacionamento tinha caráter excessivamente comercial. Para ter todo o luxo e conforto, uma hetaira precisava ser sustentada por vários amantes. Numerosos escritores relataram episódios de amantes que foram reduzidos à miséria e depois  postos à margem; e também episódios de homem que esbanjaram cegamente as suas riquezas, além da reputação, em benefícios de hetairas insaciáveis.  Hunt nos fala de outra questão. Era clara  a ambivalência dos homens gregos em relação as hetairas. Embora eles estivessem à procura de uma nova forma de relação amorosa com as mulheres, viam-se profundamente influenciados e limitados pela herança cultural da misoginia. Eram capazes de amar o amor, de maneira completa, mas só parcialmente amavam as mulheres consideradas como pessoas. Os homens falavam de

O AMOR ENTRE PÉRICLES E ASPÁSIA

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O período compreendido entre os anos de 461 a.C. e 429 a.C. é considerado a "Idade de Ouro" de Atenas, quando a cidade viveu o seu auge econômico, militar, político e cultural. Nesse período, Atenas foi governada por Péricles (495 a 429), a maior personalidade política do século V a.C. Sob sua liderança, Atenas tornou-se a cidade mais importante da Grécia, um centro de cultura, arte, literatura, filosofia e ciências. Dispondo de parte do tesouro da cidade, o líder político dessa pólis decidiu reconstruir os templos destruídos pelos persas e erigiu nossas estruturas, entre as quais se destacam o Partenon e outros edifícios das Acrópole.  Durante seu governo, Atenas alcançou tamanho apogeu e o século em que viveu foi chamado de "século de Péricles." Nessa época, a cidade era hereditária, mas apenas se ambos os pais fossem atenienses e da classe cidadã. Em 451-450 a.C., sob as leis instituídas por Péricles, os cidadãos tinham que se casar com mulheres cujos pais fossem

Os EFEBOS

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A efeba - relação homossexual grega báscia - se dava entre um homem mais velho e um jovem. O jovem tinha qualidades masculinas: forças, velocidade, habilidade, resistência e beleza. O mais velho possuía experiência, sabedoria e comando. O efebo - púbere - entregue a um tutor se transformava em cidadão grego. Era treinado, educado e protegido. Ambos desenvolviam paixão mútua, mas sabiam dominar essa atração. Esse controle era a base do sistema de efebia. Havia sexo, mas quando o efebo crescia e se tornava um cidadão grego, deixava de ser o amante-pupilo e tornava-se amigo do tutor; casava-se, tinha filhos e buscava seus próprios efebos.