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O AMOR ENTRE AS MULHERES

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As mulheres gregas só se relacionavam com outras mulheres, logo não é estranho supor que muitas tenham encontrado afeto e prazer sexual com elas. Entretanto, nada se sabe a esse respeito. Só temos informações de uma época anterior, o século VII a.C. Safo viveu na ilha de Lesbos e dirigia uma escola onde mulheres aprendiam música, poesia e dança. Ela se apaixonou por algumas dessas mulheres e manifestou o seu amor em poemas sensuais. "Sua poesia exerceu enorme influência sobre literatura erótica subsequente. E sobre a vida também: a maior parte dos sintomas de que os amantes têm sofrido, durante mais de talvez tanto material de condicionamento cultural como material para a biologia." Safo escreveu cerca de 12 mil linhas, das quais somente 5% sobreviveram à queima de livros efetuada mais tarde pelos cristãos. Um poema que ele fez para uma de suas alunas, quando a moça ia deixá-la para se casar, mostra toda a sua dor de amor, com o ciúmes que a atormentava: Semelhante aos deuses

OS HOMENS FORA DO LAR


O papel tão insignificante das esposas criou uma hierarquia complexa de amantes. Havia as prostitutas, as concubinas, as hetairas e os efebos.

AS PROSTITUTAS

O legislador Sólon (639-559 a.C.) estabeleceu bordéis em Atenas com a intenção de prevenir que jovens que atingiram a idade adulta cometessem adultério com mulheres respeitáveis. A prostituição inconsequente e descontrolada chegava ao fim. "Você fez bem a todos os homens oh Sólon!" - exultou o poeta. - "Você viu que o Estado estava cheio de homens jovens, e que andando ao léu, na sua concupiscência, por lugares que não tinham nada a fazer, compraram mulheres; em alguns lugares substituíam-nas, prontos para servir a todos os que aparecessem." Sólon, com o dinheiro obtido pela tributação dos primeiros prostíbulos, construiu um templo dedicado a Afrodite Pandemia, a deusa que velava pela prostituição .
Por volta do século IV a.C. as jovens passaram a se enfileiradas fora das casas, com o seios nus e trajando finas gazes. Escolhia-se a que mais agradasse: magra, gorda, de cabelos lisos ou crespos, jovem ou velha, alta ou baixa. Elas chamavam os homens de "paizinho" se fosse um velho ou "maninho" e "rapazinho". As prostitutas de rua podiam usar uma sandália que sobreviveu aos séculos. Na sola, uma mensagem imprimia na terra a mensagem: "siga-me".

Elas eram escravas ou ex-escravas libertas por amantes ou clientes. Havia imigrantes estrangeiras e meninas abandonadas pelos pais. No subsolo da hierarquia achavam-se as pornae. Trabalhavam por salários pequenos em bordéis, em cuja entrada havia um pênis vermelho. Elas não tinham direitos sociais, a fim de se distinguirem usavam roupa ornamentada e tingiam o cabelo com açafrão.

As auletrides, ou tocadoras de flauta, eram de uma classe acima e com frequência eram alugadas para festas, a fim de proporcionarem o entretenimento e, depois de servida bebida suficiente, partilharem os leitos dos convidados. No topo da profissão havia as hetairas, que pela importância que tinham na sociedade grega, merecem um espaço próprio. Falaremos delas na próxima postagem. Aguardem!!!



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