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O AMOR ENTRE AS MULHERES

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As mulheres gregas só se relacionavam com outras mulheres, logo não é estranho supor que muitas tenham encontrado afeto e prazer sexual com elas. Entretanto, nada se sabe a esse respeito. Só temos informações de uma época anterior, o século VII a.C. Safo viveu na ilha de Lesbos e dirigia uma escola onde mulheres aprendiam música, poesia e dança. Ela se apaixonou por algumas dessas mulheres e manifestou o seu amor em poemas sensuais. "Sua poesia exerceu enorme influência sobre literatura erótica subsequente. E sobre a vida também: a maior parte dos sintomas de que os amantes têm sofrido, durante mais de talvez tanto material de condicionamento cultural como material para a biologia." Safo escreveu cerca de 12 mil linhas, das quais somente 5% sobreviveram à queima de livros efetuada mais tarde pelos cristãos. Um poema que ele fez para uma de suas alunas, quando a moça ia deixá-la para se casar, mostra toda a sua dor de amor, com o ciúmes que a atormentava: Semelhante aos deuses

VIOLÊNCIA DOMÉSTICA

As grandes tragédias de Ésquilo, Sófocles e Eurípedes mostram Épido e Jocasta, Agamenon e Clitemnestra, Josão, e Medeia destruindo-se uns aos outros. Clitemnetra, junto com o amante, matam seu marido Agamenon, que sacrificaria a filha do casal, Ifigênia, antes de partir para Troia. Épido, assassino inconsciente do pai, Laio, casa-se com a mãe, Jocasta. Ao descobrir a verdade, anos depois, fura os olhos, induzindo Jocasta ao suicídio.

"Essas histórias revelam um medo profundo e estabelecido das esposas vingativas, como Clitemnestra e Medeia, e a confusão mental que, apesar de inconsciente, podia resultar na atitude de uma viúva incestuosa, como Jocasta. As profundas verdades contidas nesses dramas sugerem uma tensão constante que existia na época e continua a existir entre muitos casais.
As mulheres alimentavam pensamentos homicidas em relação aos maridos quando eram substiuídas por outras ou quando eles machucavam seus filhos, apesar de raramente reagirem de maneira tão dramática. 


As mulheres, oprimidas ao longo de séculos, fizeram eco ao receio dos homens em relação a elas. Xantia, esposa de Sócrates, era uma mulher feroz e o atacava fisicamente. "Como é que" - perguntou cerra vez um amigo ao filósofo - "você se mostra satisfeito por tê-la como esposa, embora ela seja a mais malcriada de todas as mulheres que existem?" O filósofo explicou: "Visto que desejo conversar e associar-me à humanidade, escolhi essa esposa sabendo muito bem que, se eu conseguisse aprender a suportá-la, fácil seria tolerar a companhia de outras pessoas." 

A lei oferecia poucos recursos às esposas ofendidas. O mais cruel dos casamentos não podia ser desfeito a pedido da esposa, especialmente após o nascimento de um filho. Seu recurso era abandonar a moradia conjugal - processo que exigia a autorização do arconte (um dos nove chefes magistrados) - e voltar à custódia de seu pai ou de outra pessoa apontada como Kyrios. Uma lei especial vigiava os interesses da mulher cujo casamento, realizado apenas com interesses financeiros, era ignorado pelo marido logo depois de gerar um herdeiro. Ela podia, por lei, forçar o marido a ter relações sexuais com ela pelo menos três vezes por mês.


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