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O AMOR ENTRE AS MULHERES

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As mulheres gregas só se relacionavam com outras mulheres, logo não é estranho supor que muitas tenham encontrado afeto e prazer sexual com elas. Entretanto, nada se sabe a esse respeito. Só temos informações de uma época anterior, o século VII a.C. Safo viveu na ilha de Lesbos e dirigia uma escola onde mulheres aprendiam música, poesia e dança. Ela se apaixonou por algumas dessas mulheres e manifestou o seu amor em poemas sensuais. "Sua poesia exerceu enorme influência sobre literatura erótica subsequente. E sobre a vida também: a maior parte dos sintomas de que os amantes têm sofrido, durante mais de talvez tanto material de condicionamento cultural como material para a biologia." Safo escreveu cerca de 12 mil linhas, das quais somente 5% sobreviveram à queima de livros efetuada mais tarde pelos cristãos. Um poema que ele fez para uma de suas alunas, quando a moça ia deixá-la para se casar, mostra toda a sua dor de amor, com o ciúmes que a atormentava: Semelhante aos deuses

Como viviam as hetairas

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A hetaira morava, geralmente, em casa própria, e recebia os administradores e amantes em sua residência. Permitia que certo número de admiradores lhe fizesse a corte; podia também, durante algum tempo, tornar-se companheira exclusiva de determinado homem. Suas roupas, seus cabelos e sua maquiagem eram elegantes; a mesa se apresentava artisticamente posta; sua residência integrava beleza e refúgio, e era um lugar onde um homem podia passar o tempo agradavelmente. A hetaira era cativante e complexa , estava numa posição muito superior à da esposa ateniense. "A literatura grega desse período refere-se muitas vezes à hetaira como se ela fosse uma verdadeira amiga, uma nobre companheira, uma mulher de caráter de ouro, muito superior à mulher virtuosa. Como o poeta Filitero observou: "Não admira que haja um altar erguido à Companheira por toda parte, mas em nenhum lugar, em toda a Grécia, há se quer um altar erguido à Esposa."

AS HETAIRAS

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Após tempos homéricos, em que as pequenas tribos foram evoluindo e se transformando em cidades-Estado imperialistas, os antigos vínculos de clã se deterioram. A Grécia precisou reorganizar as ligações afetivas, desviadas na direção dos indivíduos. As pessoas gregas, ligadas ao lar, satisfaziam suas necessidades emocionais cuidando dos filhos. Os homens gregos buscavam pessoas para desenvolver um novo tipo de relação. As esposas eram totalmente ignorantes e nada sabiam sobre a vida de Atenas. "Os homens gregos se mostravam desejos de fazer experiências com uma ordem nova e mais intensa de relações com as mulheres, descias com uma ordem noca e mais intensa de relações com as mulheres, desde que encontrassem algumas que lhes oferecessem tanto satisfação para o corpo como entretenimento para o espírito. Se as mulheres de Atenas, intelectuais, cultas e amorosas, desejassem conversar com homens a respeito de coisas importantes, tornavam-se hetairas - cortesãs de alto nível. Apesa

AS CONCUBINAS

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A esposa estéril ou que não tivesse gerado meninos e da qual o marido não quisesse se divorciar - para não ter que devolver o dote - podia recorrer ao concubinato com solução . O costume do concubinato conservou-se até o século XX na Grécia e em algumas nações do Oriente mantém-se até hoje. O objetivo do concubinato era a procriação incentivada pelo Estado, caso a legítima esposa fosse estéril ou gerasse apenas meninas. Em Atenas, durante a Guerra do Peloponeso, no século V a.C., cidadãos atenienses casados foram encorajados a ter uma concubina, mesmo estrangeira, para aumentar o número de nascimentos e compensar as perdas na guerra. As concubinas eram mulheres livres ou metecas e, raramente, escravas. Os metecos era imigrantes e, como tal, desprovidos de direitos civis e políticos ; a partir de 451 a.C., não podiam se casar com atenienses, fossem homens ou mulheres. O concubinato era saída para as mulheres estrangeiras . As atenienses recorriam ao concubinato em caso de extre

OS HOMENS FORA DO LAR

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O papel tão insignificante das esposas criou uma hierarquia complexa de amantes. Havia as prostitutas , as concubinas , as hetairas e os efebos . AS PROSTITUTAS O legislador Sólon (639-559 a.C.) estabeleceu bordéis em Atenas com a intenção de prevenir que jovens que atingiram a idade adulta cometessem adultério com mulheres respeitáveis. A prostituição inconsequente e descontrolada chegava ao fim. "Você fez bem a todos os homens oh Sólon!" - exultou o poeta. - "Você viu que o Estado estava cheio de homens jovens, e que andando ao léu, na sua concupiscência, por lugares que não tinham nada a fazer, compraram mulheres; em alguns lugares substituíam-nas, prontos para servir a todos os que aparecessem." Sólon, com o dinheiro obtido pela tributação dos primeiros prostíbulos, construiu um templo dedicado a Afrodite Pandemia , a deusa que velava pela prostituição . Por volta do século IV a.C. as jovens passaram a se enfileiradas fora das casas, com o seios nus e

O que as mulheres sentiam?

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A História é escrita pelos vitoriosos, e nessa guerra entre homens e mulheres não é diferente. Não há livros sobre o amor escrito pelas esposas gregas. O máximo que se pode fazer é colher dados das tragédias de Sófocles e Eurípedes, e nas comédias, e nas comédias de Aristófanes. "Mas isso não provaria nada; toda literatura foi escrita por homens e, principalmente, para homens. O produto não seria propriamente uma reprodução das atitudes da esposa grega; seria uma ficção do espírito grego masculino; uma imaginária megera criada pelo homem para justificar sua própria atitude hostil e opressora, com a mulher." A esposa ateniense só tinha contato com seu marido. Ele era seu senhor, pai dos seus filhos e provedor do lar. É comum, apesar do ódio pelos opressores, pessoas desenvolverem um tipo de afeto por eles. Podemos imaginar então que a esposa grega tenha sentido uma espécie de amor pelo marido, embora esse sentimento possa não ter nada a ver com o que chamamos hoje de amor.