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O AMOR ENTRE AS MULHERES

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As mulheres gregas só se relacionavam com outras mulheres, logo não é estranho supor que muitas tenham encontrado afeto e prazer sexual com elas. Entretanto, nada se sabe a esse respeito. Só temos informações de uma época anterior, o século VII a.C. Safo viveu na ilha de Lesbos e dirigia uma escola onde mulheres aprendiam música, poesia e dança. Ela se apaixonou por algumas dessas mulheres e manifestou o seu amor em poemas sensuais. "Sua poesia exerceu enorme influência sobre literatura erótica subsequente. E sobre a vida também: a maior parte dos sintomas de que os amantes têm sofrido, durante mais de talvez tanto material de condicionamento cultural como material para a biologia." Safo escreveu cerca de 12 mil linhas, das quais somente 5% sobreviveram à queima de livros efetuada mais tarde pelos cristãos. Um poema que ele fez para uma de suas alunas, quando a moça ia deixá-la para se casar, mostra toda a sua dor de amor, com o ciúmes que a atormentava: Semelhante aos deuses

DIVINDADES


A Pré-História não conseguiu registrar suas divindades com precisão pela ausência de uma linguagem escrita. A historiadora Reay Tannahill assinala alguns apsectos importantes. Os elementos na natureza seriam os deuses da época? Sol, Lua, mar, chuva, terra? Eram, afinal, as realidades naturais que, nesse tempo, mantinham os seres vivos ou destruíam.

Há indicações do culto à fertilidade em Çatal Hüyük, na Anatólia, Turquia, por volta de 6000 a.C., representando em um relicário, sob a forma da cabeça de três touros, plenamente realçadas, uma sobre a outra, tendo sobre elas uma figura feminina, braços, e pernas estendidos, dando à luz um bezerro. Essa ilustração da fertilidade, assim como narrativas míticas do surgimento da vida na Terra, chegou até nós pelas religiões primitivas, demonstrando as preocupações dos caçadores e pastores no Neolítico. O mito da ressurreição, explicando a morte e o renascimento anuais do solo, também era uma crença dos agricultores.

No mais primitivo mito conhecido sobre a criação, o da Suméria, Mesopotâmia, atual Curdistão, que sobrevive apenas em estado fragmentário, a deusa Nammu, "o mar", é considerada responsável pela criação do universo, dando à luz o céu e a terra, aparentemente sem auxílio. A deusa Nammu, também conhecida como Tiamat - oceano da água salgada -, sofreu um violento boicote durante as invasões pastoris e foi sendo substituída por Apsu, um deus masculino.

A contínua influência sobre a produtividade proporcionava pelo menos algumas armas às deusas da fertilidade, para sua luta contra os deuses predatórios dos nômades. Entretanto a mulher perdeu a última e mais importante batalha. Na forma mais primitiva do mito sumério da ressurreição, a deusa Inanna parte da terra para uma permanência temporária no submundo. Enquanto ela não volta o solo permanece estéril. Com uma única exceção, no entanto, todas as deidades da fertilidade que figuram na literatura remanescente são masculinas.


Assim, as deusas da Pré-História perderam o seu espaço e registro, quando o homem descobriu o seu papel sexual. Após a instalação do patriarcado, há 5 mil anos, a mulher adquiriu o status de mercadoria: podia se comprada, vendida ou trocada. Passou a ser considerada inferior ao homem e, conseguinte, subordinada à sua dominação.   

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